Não é bicha. É Rodrigo. Biba é de Sgobiba. Do Sgobin, sobrenome. Biba é da infância. Minha.
Eu gosto do biba, muito. Encontrei com biba. Pensei: Biba não muda. O biba disse que eu não mudo.
Pensei: O Biba deve ter mudado. Muito. O biba disse aquilo por causa do frio, da minha bermuda.
Eu pensei naquilo por causa do gel, da corrente. Eu mudei bastante biba. Não disse. Por causa do frio, da pressa.
O biba tem uns cabelos brancos. Eu também.
Fiquei triste.
O abracei.
Fiquei nostálgico.
O biba não muda.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
Minha nem tão quadrada raiz
Meu pai é professor de Álgebra e gosta de mim. Por mais que deseje subtrair a mãe de sua vida, diz que não pode, porque foi a soma dele mais ela que resultou eu, fraçãozinha sua elevada ao mundo que veio pra potencializar. A mãe deixou a gente há um infinito de tempo, nem lembro. O pai lembra. Cansou de ser divisora e dividida sem nunca ter um quociente decente por parte dele, e foi-se firme pisando duro em direção à rodoviária, gritando que dois e dois são cinco sim senhor, e que máximo denominador comum era a puta que o pariu. Não foi fácil vê-la enaltecer o absurdo do Roberto e esculhambar a lógica do Raul assim, na mesma frase, relembra o pai emocionado.
O pai recuperou, reparou na esperança saltando multiplicada do berço meu, decidiu não aceitar mais a dízima periódica vida e voltou a ser número inteiro.
Não vê a hora de eu completar 6 anos pra me pôr no Kumon.
*exercício feito no curso Narrativas Breves, do Marcelino Freire.
O pai recuperou, reparou na esperança saltando multiplicada do berço meu, decidiu não aceitar mais a dízima periódica vida e voltou a ser número inteiro.
Não vê a hora de eu completar 6 anos pra me pôr no Kumon.
*exercício feito no curso Narrativas Breves, do Marcelino Freire.
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