terça-feira, 22 de junho de 2010

Madiba

A muito tempo que eu procuro esse papelzinho que ganhei em 2007 numa lojinha em São Tomé das Letras de uma família Peruana. Achei e escrevo aqui pra não perder mais.

O Mensageiro

O Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados.
Nosso medo mais profundo é de sermos poderosos além da medida.
É nossa luz, não nossa escuridão, que mais assusta.
Nós nos perguntamos: quem sou eu para ser bilhante, atraente, talentoso, fabuloso?
Na verdade, quem é você para não ser?
Você é uma criança de Espírito.
Você, pretendendo ser pequeno não serve ao mundo.
Não tem nada de iluminado no ato de se encolher para que os outros se sintam inseguros ao seu redor.
Nascemos para manifestar a glória do Espírito que está dentro de nós. E a medida que deixamos nossa luz brilhar, damos permissão para os outros fazerem o mesmo.
A medida que libertamos nosso medo, nossa presença libera outros.

Nelson Mandela

terça-feira, 8 de junho de 2010

Do verbo latino, patior, que significa sofrer ou suportar uma situação difícil

É a Paixão. É o sentir. Desde moleque eu sempre fui chorão, não de reclamar, mais de aguar os olhos por quase tudo. Demorou pra eu perceber que isso não era uma coisa ruim de ser, levou tempo. Sentimental. Todo mundo que me conhece bem me nomeia assim. Certa vez me disseram que tenho alma feminina. Levou mais um bom tempo pra eu processar isso. Entendi, e quando esse dia chegou fiquei bem feliz por isso. Li esses dias num livro que a porção feminina dentro do homem é a anima, e que eu tenho que me dar bem com ela, do contrário eu me fodo. Ela que me equilibra e faz eu enxergar com calma, muita calma, ela ama. O livro dizia que um relacionamento conturbado com ela desencadeia violência, para com os outros e si mesmo. A Anima toma a espada da tua mão na hora que a luta é desnecessária e te faz empunhá-la quando assim tiver de ser. Equilíbrio. Muita coisa desse livro eu não me identifiquei, entendi o por quê não me vi ali, rebuscando as memórias mais remotas, as de menino, a Anima sempre foi minha amiga. Na adolescência principalmente, essa relação me fez pensar muita asneira, que tinha algo errado comigo, que eu era gay mesmo sem ter atração por homem, e mais um monte de pensamentos que por anos me roubaram o descanso de um sono tranquilo. Quando eu fui percebendo minha amiga e nos conhecendo as trevas foram clareando, e a vida ficando cada vez mais doce, com cores. Você me disse que nós dois somos sentimentais, apaixonados, emotivos por demais, e sendo assim, pouco racionais. Conheci hoje um tal filósofo escocês que escreveu assim: "A razão é, e deveria ser, escrava das paixões". David Hume, o nome do mano. Ele disse também que "Se a razão for isolada do sentimento, não podemos achar que ela sempre vai nos levar ao bem". Gostei desse cara. Concordo. Acho que o fato de nós dois sermos assim, sentimentais, não nos faz irracionais. Pelo contrário. A quem diga que essa coisa de paixão leva a ruína, já eu digo que vai nos levar longe, bem longe.