sexta-feira, 20 de março de 2009
Overdose lombriguenta
Bons amigos me apresentam a grandes escritores e filmes e a solitária cresce. Levantar muro, fechar buraco no chão, reboque, chuva, sol, risadas com o meu tio e no meio disso tudo desenhar na cabeça a laje coberta com o parapeito pronto a churrasqueira acesa e toda a trupi jogada no chão com latinha na mão alimentam as já obesas parasitas. Aprender coisas legais nas aulas e sentir que levo jeito pra coisa as deixam eufóricas. Abraços femininos e pezinhos bem feitos nem se fala, a frequência de afagos estão deixando-as mau acostumadas. Vermicida não vai ser o bastante, só vivendo mesmo pra matar a vontade.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Ando devagar porque já tive pressa...
e só levo a certeza de que muito pouco eu sei, ou nada sei.
sábado, 7 de março de 2009
A brisa do verão
Brisa de Verão
Ver as cortinas na janela
Numa noite de sexta feira
Pequenas coisas brilhando através da janela
me fazem sentir que está tudo bem
A brisa do verão ... me faz sentir bem
Soprando o cheiro de jasmim em minha mente
A brisa do verão ... me faz sentir bem
Soprando o cheiro de jasmim em minha mente
Vejo papéis espalhados pela rua
Uma música vindo da casa vizinha
Me aproximo da casa,
mas antes de entrar paro para sentir a brisa
A brisa do verão ... me faz sentir bem
Soprando o cheiro de jasmim em minha mente
A brisa do verão ... me faz sentir bem
Soprando o cheiro de jasmim em minha mente
Os doces dias de verão
Se enfeitam quando o jasmim está em flôr
Quando chego em casa depois de um longo dia
E você está lá me esperando, com todo o carinho do mundo
Sentir o cheiro que vem da cozinha e ver a mesa posta para dois
Sinto os braços que procuram para me abraçar
Ao anoitecer ... quando o dia já se foi
A brisa do verão ... me faz sentir bem
Soprando o cheiro de jasmim em minha mente
A brisa do verão ... me faz sentir bem
Soprando o cheiro de jasmim em minha mente
À tarde quando o dia terminar
quinta-feira, 5 de março de 2009
Toca essa porra Douglas! ou o Futebol sempre lembra
Minha memória é meio escrota. A Letícia tem mania de lembrar de quando eu tinha 8 meses e ela 2. E exige um comentário meu a respeito do que foi falado, sendo que eu não lembro nem do que eu comi ontem. Mas eu lembro que quando eu tinha 11 anos eu beijei a Camilinha. Lembro porque no mesmo dia Argentina x Nigéria jogaram pela copa do mundo de 94. Lembro da primeira vez que eu bebi cerveja, lembro porque foi na mesma copa, foi na final contra a Itália. Estava na casa do meu tio com o meu pai e tava todo mundo louco por causa do tetra e eu virei uma lata e sai torto pra correr com as outras crianças na rua. Lembro de um dia ter ido a pé com o Marcelinho até a casa do Rogério (que era longe pra caralho) um ex namorado da Lê que eu gostava bastante e de ter sido legal ter ido. Lembro porque no mesmo dia Brasil e Holanda jogariam pela semifinal da copa de 98. Voltamos a pé também e estava legal pra caralho. Uma buzinaiada da porra no trânsito, os comércios fechando e todo mundo querendo correr pra pegar o começo do jogo. Lembro também que esse jogo foi pros penaltis e ficou eu, a Lê e meu pai de joelhos na sala torcendo pro Taffarel pegar tudo. Pegou o necessário, é o que importa. Lembro do meu pai desmaiar um ano depois. Desmaiou porque o Palmeiras ganhou a libertadores. Lembro que um ano depois eu corri a carijós inteira (avenida aqui perto de casa) feito um louco. Corri porque o Palmeiras tinha eliminado o Corinthians da libertadores pelo segundo ano seguido, e eu e mais uns 4 amigos da rua fomos pra frente da casa do Biba pular no simbolo do Palmeiras que a gente reforçava a tinta de quatro em quatro anos. Em ano de copa. Lembro que o carro do Guinho era um dos únicos naquela rua perto do Morumbi que não estava todo estourado por pedras e afins. Estouraram porque o Palmeiras tinha perdido pro Boca a final da libertadores daquele ano. Lembro do dia que a gente foi pra casa da mãe do Biba na praia em 2001.Lembro porque o Palmeiras perdeu de novo pro Boca Juniors na libertadores, só que era uma semifinal. Lembro de um churrasco aqui em casa com todo mundo da rua no mesmo ano. Lembro porque era Brasil x Venezuela, último jogo das eliminatórias classificatórias para a copa de 2002 e o Brasil precisava ganhar. E ganhou. Lembro de tomar um conhaque com cacau com o Eric na padaria 7:30 da manhã em 2002. Lembro porque faltava menos de meia hora pra final daquela copa. Brasil 2 x 0 Alemanha. Lembro de ficar sentado na areia olhando pro mar com uma dor no peito em uma praia de Bertioga em 2003. Lembro porque o Palmeiras perdeu pro Paraná Clube e estava rebaixado pra segunda divisão do Brasileiro. Lembro de segurar a batente da porta e ficar olhando pra tv com um olho só na casa do Guinho em 2004. Lembro do Pedrinho fazer aquele gol de falta aos 50' do segundo tempo empatando aquela semifinal do paulista em 3 x 3 contra o antigo Etti Jundiaí fazendo com que eu quase arrancasse a porta e tudo mais do lugar. Lembro das risadas e piadas no fretado do trampo em junho de 2005. Lembro porque o Brasil enfiou 4 x 0 na Argentina na semifinal da copa das confederações. Lembro de ter tirado férias em junho de 2006. Tirei pra assistir a copa inteira. Assisti na adega Brasil 0 x 1 França. E lembro da sensação de não sentir nada. Nada, sem raiva, sem tristeza, sem porra nenhuma. Não correram, não suaram e eu não senti. Lembro da semifinal do paulista de 2008. Lembro de ter gritado de um jeito que a muito não fazia. O Palmeiras eliminou o São Paulo. Lembro de estar bem cansado ontem. Eu e o meu tio trampamos feito égua aqui em casa e eu fui pro curso. Lembro que liguei a tv pra ver o Ronaldo estreiar contra o Itumbiara. Mas o que eu nunca vou esquecer, é a bola que o Douglas não tocou pro gordo meter caixa. Douglas, eu esqueço, você esquece, mas o futebol sempre nos lembra. Seu puto.
Quando criança eu queria ser o Rocky
Mentira. Eu ainda quero ser o Balboa.
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